
"Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade.
(...)
Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. E apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos o lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número...Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver – sem nome, sem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueira e o ribeirão.”
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Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. E apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos o lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número...Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver – sem nome, sem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueira e o ribeirão.”
(Um Sonho de Simplicidade – Rubem Braga, do livro “A Traição das Elegantes”)
Motivos da postagem:
1) Um simples desejo de ser simples, de amar o simples, de dizer coisas de forma simples;
2) Eu gosto de Rubem Braga e essa crônica é das minhas favoritas, recomendo (!);
3) Há dias estou tentando escrever por aqui, e por isso ando preocupada... me esforço e nada de inspiração aparecer. Então, acabo “tropeçando” em obras dos meus preferidos e no fim, eis que surgem os próprios nesse blog, pobre de palavras minhas nesses últimos tempos :-(
PS: Talvez eu tenha achado/lido/encontrado uma explicação para o motivo da falta de inspiração. Tentarei escrever sobre.